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Restauro do Sete de Abril está mais perto de se iniciar
Projeção é feita pela Secretaria de Cultura (Secult), que acredita na aprovação final do orçamento em Brasília para breve
Jô Folha -
O tão aguardado restauro do Theatro Sete de Abril está mais perto de se iniciar. A obra foi contemplada com mais de R$ 15 milhões no Programa de Aceleração do Crescimento Cidades Históricas (PAC-CH) em 2013. Durante estes cinco anos profissionais da Secretaria Municipal de Cultura (Secult) vêm trabalhando na construção do orçamento. O documento será enviado a Brasília nas próximas semanas e a expectativa é de que ele seja aprovado. O prazo mais otimista é de que a população volte a frequentar o local em dois anos.
O orçamento detalhado do projeto já havia sido enviado à capital federal, mas retornou com ajustes a serem feitos. A demora no trâmite se justifica porque a planilha de custos é muito extensa. "São mais de 1,3 mil itens", explica Paulina von Laer, arquiteta da Secult. As modificações se tornam necessárias para ajuste de preços. "Como se passou muito tempo, várias coisas já mudaram", pontua.
O teatro foi fechado em 2010 por problemas no telhado, que corria riscos de desabamento. Em 2013 foi lançada a licitação para o restauro da cobertura e a obra só foi concluída no final do ano seguinte. As goteiras foram superadas, mas outros problemas apareceram. Aumentaram-se as exigências para a expedição do Plano de Proteção Contra Incêndio (PPCI), por exemplo.
O projeto contempla a requalificação de todo o prédio, instalação de novas cadeiras nos camarins e na plateia, equipamentos de som e luz e reforma do anexo que serve de suporte ao teatro. "Os banheiros e os camarins precisam de reparos urgentes", comenta Gisela Frattini, gerente de memória e patrimônio na Secult. Cerca de metade do valor será gasta na mão de obra e a outra metade na compra de equipamentos. Depois de iniciada, a reforma deve durar 18 meses.
Formador de plateia
O teatro faz falta, principalmente, às produções locais. "O Sete é uma ferramenta imprescindível na formação da cultura", considera Haroldo de Campos, fundador e vice-presidente da Associação Amigos do Theatro Sete de Abril (Amasete). Ele justifica dizendo que as apresentações locais não geram renda suficiente para locar espaços caros. No Sete, o valor do aluguel era de um salário mínimo e a estrutura de som e luz era fornecida pelo teatro.
Mesmo com as reformas, o valor não deve subir muito. "A população já está pagando pelo restauro por meio de impostos", considera. Na visão de Haroldo, que acompanha a história do teatro há muitos anos, o Sete deve ser reaberto até até 2020.
O Diário Popular não obteve autorização da prefeitura para acessar o interior do prédio.
Histórico
2010 - Ministério Público interdita o prédio por oferecer riscos de desabamento; ele nunca mais reabriu.
2013 - É lançada a licitação para a reforma do telhado; teatro é contemplado com recursos do PAC Cidades Históricas
2014 - Restauro do telhado é concluído
2018 - A previsão é de que a licitação seja lançada ao decorrer do ano
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